Postagens

Mostrando postagens de maio, 2017

Poesia corrompida

Quiseram corromper a poesia O romance, a elegia Como se tudo que tivesse efeito Para ser bem feito, elaborado Tivesse ideologia Ah, meus caros... A poesia não precisa disso A poesia é para fazer pensar A poesia é para fazer amar Sentir, modificar... Um sutil quê de tudo isso E não fazer propaganda De uma maneira de pensar Ou fazer lobotomia  Como pura alegoria Assim como a poesia,  A alma é livre para escolher seus caminhos E não se corrompe facilmente Com uma doutrina ou um tema recorrente A alma é feita para expandir E como poesia, deixar-se fluir... Verônica Vincenza
Imagem

Tenho uma vez, possuo

Tenho cada vez mais O conhecimento para possuir E de ter em vão tantas coisas Tantas pessoas Penso eu que as possuo Ilusão apenas... Apenas possuo o tempo A minha vida Que por vezes tão mal vivida Penso que sou possuída Por um destino atroz Um desfecho em nós Da ilusão de ter, possuir E não mais viver E por que então viver? Qual é essa tal razão? Porque o ter e possuir Não faz conjugação Com conviver e por bem querer estar Em uma razão de ser amor E em um predicativo intransitivo e pronominal: FICAR Verônica Vincenza

Nevasca

Ela era fria E isso nunca foi novidade Ele fazia festa E ela ignorava por maldade Mas o fato é que a hora chegou Ela deu a chance Mas ele vacilou Neva, nevasca De fria virou gelo E de gelo o seu coração Para o frio peito retornou Verônica Vincenza