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Mostrando postagens de setembro, 2017

AnuLADA

AnuLADA       Corre               peLAda E   no relento Alento     Dasu alma encarNada VerÔnica VIncenza Poesia concreta.

O autor e o jogador de futebol

E lá estava eu novamente na Universidade. Pergunto-me por que sempre estou botando a cara para bater?  Tudo bem... O professor, um pouco incomodado com a minha apresentação na aula inaugural, onde eu dissera que era escritora e estava no mestrado para ter um olhar mais teórico sobre literatura, começou a me alfinetar. Dizia que fulano era escritor, esse sim era autor! Ignorei... Na outra aula, mais uma provocação: Não julgo beltrano um autor, mas ele escreveu tal magnífico conto e blá, blá, blá ...  continuou chamando algumas obras de lixo, o que me subiu um arrepio agonizante, mas fiquei quieta, eu não sou crítica... Dei um livro meu para este professor. Lógico que ele não leu. Ele ganhou outro de um colega que escreve contos, queria ser uma mosquinha para saber o que haveria de se passar em uma cabeça confusa entre escritor, autor suas teorias sobre este ofício e talvez alguma frustração escondida. Na outra aula, ele veio novamente com as mesmas provocações falando que o que import

Moral da história

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Hoje eu estava na Universidade e em um dos questionamentos e incertezas que propositalmente "tiram o chão" dos alunos de pós-graduação, para deixá-los mais questionadores e malucos sobre literatura, e sobre o curso, foi: os livros infantis devem ou não ter a moral da história explícita? Depois de um consenso em sala de que uma obra literária de “calibre” deve deixar o leitor entender a moral por si, me remeti automaticamente aos livros que eu escrevi e, para a minha surpresa, uma das obras que eu mais gosto de trabalhar tinha sim a moral da história explícita. Seu enredo era sobre amizade e no seu final estava escrito: “Cada um é único e especial á sua maneira e quando temos amigos podemos aprender muito com eles”. Dois minutos de silêncio para a morte acadêmica de minha obra recém-lançada. Mas aí, quando estava retornando á casa já achando que tudo que eu havia escrito talvez nem fosse literatura e meu esforço para apresentar textos que acrescentassem algo na vida das pesso

GENTE MORTA

Ela olhava o caixão O amor havia partido Não chorava, Não sentia nada Fria vida, mal vivida... Outras pessoas, Ah, essas sim, Lamentavam a partida Mas ela não... E no meio de mortos... E alguns feridos, Salvaram-se todos, Sem nenhuma contrapartida. Verônica Vincenza