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Mostrando postagens de 2017

Dor no peito

Hoje eu acordei com uma dor no peito Vontade de chorar engasgada Vazio preenchido com dor Deve ser da dor de te sentir partir Sem ao menos você me dizer Adeus... Aí eu lembrei que ontem o treino foi puxado E que eu aumentei o peso do crucifixo De 4kg passei pra 6... Tá aí a minha dor no peito! E eu pensando que ia morrer Ilusão de quem quer se iludir... Não eu, Não mais... Porque se você quiser ir, vá! Aproveite e leve as suas malas Suas trouxas, seu silêncio    Porque a vida é feita de adeus silenciosos Mas também é feita de olás, surpreendentes. Verônica Vincenza

Octógono

Nunca fui dada ao imaginário, sempre preferi o lúdico... Deve ser porque o meu real ainda está impregnado de fantasias... E eis que no meio do meu artigo Todorov briga inesperadamente com Huizinga... Que ingenuidade a minha, fazer de meu artigo um octógono onde dois fortões brigam por uma fada e uma porção de bruxos que mais parecem homens. E no meio da confusão toda, chamo Todorov para um segundo Round. Todos fizeram as pazes e saímos para tomar rakia com cerveja.   

Não desista de mim

Não desista de mim nem por um segundo Pois as palavras calam, mas o coração sente Você ignora, mas eu estou aqui Por que seguir em frente? E em noites vazias é minha a sua solidão E a solidão á dois é sentimento triste... É covardia em pele de inocente Não desista de mim nem por um segundo Porque toda a história tem o seu momento E os momentos no tempo, são simples acidentes.   Verônica Vincenza

Breve nota sobre mim

A vida sempre nos dá a oportunidade de sermos melhores. Ainda bem. Eu venho aprendendo com ela, como todos, quer queiram, quer não. Como já ouvi muita bobagem, eu resolvi escrever uma breve* nota sobre mim, lá vou eu brincar com o sentido das palavras (tá, parei, prometo)... Não que alguém vá se interessar por isso, é só a título de desabafo mesmo...puro mimimi... talvez eu me arrependa e retire isso da página amanhã, talvez não. Talvez eu traduza em poema, talvez não. Acho a prosa mais realista, mais direta. E mesmo assim... só saiu em prosa mesmo....    Eu não agrado ninguém, ao menos que esta pessoa mereça e eu realmente queira agradar despretensiosamente, e se isso soar como puxa-saquismo, não é, não se iluda. Se você vacilar, eu vou te alertar. Eu não minto, e pode soar estranho pois quase todo mundo mente (qual o filho que nunca ouviu: é só uma picadinha...? OS MEUS), mas o fato de não querer agradar me dá a prerrogativa de não inventar fatos (eu faço isso quando estou es

Sobre cavalos chucros

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Aprenda de uma vez por todas: Se você acha que pode domar cavalo chucro, Esteja preparado para levar belos coices... Verônica Vincenza  

Pessoas são pessoas

Pessoas são pessoas. O resto é imagem O que resta se vai Não volta Fica captado por olhares curiosos Fica na ilusão Pessoas são pessoas, São gente, são humanas Elas comem Dormem Trabalham Pessoas são pessoas Elas têm sonhos Umas sonham mais Outras menos Umas lutam Outras se deixam levar Pessoas são pessoas... Elas choram Vibram Têm sentimentos E por mais que possamos reduduzí-las a um mero substantivo Pessoas são muito São batalha São sujeitos Verônica Vincenza

X Semana de Valorização da Infância e Cultura da Paz- Senado Federal

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A tônica do X semana de valorização da primeira infância e Cultura da Paz realizada nos dias 24 a 26 de outubro de 2017, foi  problematizar e aprimorar nosso olhar crítico sobre a primeira infância na contemporaneidade, seus cuidados e cuidadores, sob a ótica de profissionais de diversos ramos. Tive a oportunidade de expor o trabalho de escrever livros interativos que sirvam como elo lúdico e afetivo entre adultos (os cuidadores) e crianças, e falar sobre a voz da criança na literatura com o livro Meus irmãos chegaram: uma história sob a ótica de Valentina Gadelha (9anos) sobre a chegada e aceitação de seus irmãos adotivos, que pôde dar o seu breve depoimento sobre o livro.       

Faltando luz

E quando a luz acaba Parece quase impossível Subir a tal escada... Tem que parar, olhar tatear, calar, apenas observar ... Já tentei subir mesmo sem luz foi em vão Tropecei, machuquei, caí Bem no meio da multidão. Verônica Vincenza

Feira do livro da Câmara Legislativa do DF

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Nos dias 3 á 6 de outubro foi realizada a III Feira do Livro da Câmara Legislativa do DF. Estive conversando com jovens de 13-15 anos sobre Literatura: a leitura e a escrita. Depois eles me ajudaram a encenar o livro O Circo dos amigos (foi um teatro improviso muito divertido!) que nos possibilitou vivenciar o que tínhamos conversado. ❤  Conheci muitos estudantes que passaram no estande do Sindiescritores para pegar autógrafos e conversar um pouquinho, sempre com sorriso no rosto e olhos curiosos para saber a história de como foi feito o livro. Parabéns aos organizadores que proporcionaram estes momentos inesquecíveis aproximando escritores e alunos através da literatura.    

AnuLADA

AnuLADA       Corre               peLAda E   no relento Alento     Dasu alma encarNada VerÔnica VIncenza Poesia concreta.

O autor e o jogador de futebol

E lá estava eu novamente na Universidade. Pergunto-me por que sempre estou botando a cara para bater?  Tudo bem... O professor, um pouco incomodado com a minha apresentação na aula inaugural, onde eu dissera que era escritora e estava no mestrado para ter um olhar mais teórico sobre literatura, começou a me alfinetar. Dizia que fulano era escritor, esse sim era autor! Ignorei... Na outra aula, mais uma provocação: Não julgo beltrano um autor, mas ele escreveu tal magnífico conto e blá, blá, blá ...  continuou chamando algumas obras de lixo, o que me subiu um arrepio agonizante, mas fiquei quieta, eu não sou crítica... Dei um livro meu para este professor. Lógico que ele não leu. Ele ganhou outro de um colega que escreve contos, queria ser uma mosquinha para saber o que haveria de se passar em uma cabeça confusa entre escritor, autor suas teorias sobre este ofício e talvez alguma frustração escondida. Na outra aula, ele veio novamente com as mesmas provocações falando que o que import

Moral da história

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Hoje eu estava na Universidade e em um dos questionamentos e incertezas que propositalmente "tiram o chão" dos alunos de pós-graduação, para deixá-los mais questionadores e malucos sobre literatura, e sobre o curso, foi: os livros infantis devem ou não ter a moral da história explícita? Depois de um consenso em sala de que uma obra literária de “calibre” deve deixar o leitor entender a moral por si, me remeti automaticamente aos livros que eu escrevi e, para a minha surpresa, uma das obras que eu mais gosto de trabalhar tinha sim a moral da história explícita. Seu enredo era sobre amizade e no seu final estava escrito: “Cada um é único e especial á sua maneira e quando temos amigos podemos aprender muito com eles”. Dois minutos de silêncio para a morte acadêmica de minha obra recém-lançada. Mas aí, quando estava retornando á casa já achando que tudo que eu havia escrito talvez nem fosse literatura e meu esforço para apresentar textos que acrescentassem algo na vida das pesso

GENTE MORTA

Ela olhava o caixão O amor havia partido Não chorava, Não sentia nada Fria vida, mal vivida... Outras pessoas, Ah, essas sim, Lamentavam a partida Mas ela não... E no meio de mortos... E alguns feridos, Salvaram-se todos, Sem nenhuma contrapartida. Verônica Vincenza

VIDA DE JUSTO

JUSTA VIDA JUSTA ESSA VIDA DE JUSTOS VERÔNICA VINCENZA

Cara de palhaço

Todo enrolado Como em um laço De mãos em pena, Pura prosa, às vezes poema Mas parece um palhaço Nariz vermelho, cara pintada E jeito de quem levou uma cantada Troca as palavras e já não as consegue controlar Tenta ser discreto Mas não consegue disfarçar Fica inquieto, Um tanto mal-educado  Você está enrascado Isso não se pode negar Faz de tudo, tenta sair de fininho Mas na realidade está caidinho Conversa mole e palpites sobre tudo, E às vezes fica mudo Olha para o lado, tenta parar de olhar A moça que acaba de chegar Pois é, meu amigo Do destino eu sempre duvido Pois a vida tem dessas coisas E está a nos ensinar: Um dia você duvida do amor No outro está pronto para amar Verônica Vincenza

Deixo você ir

Em cada instante Fragmentado olhar distante Suas palavras se calam Eu, sem perder o momento Fico em pensamento Me perguntando: porquê? Tenho saudades de você, Em discreto movimento Penso em te dizer Somente um oi, Estou aqui! Mas as palavras em mim se calaram Talvez porque, o seu momento, respeitaram De cansaço, desalento, sem querer se expor Mas me impor essa distância Que me impede de ver, te tocar   É cruel... ignorância...   E talvez um dia venhas me perguntar Porque tudo isso? E eu te responderei, sem pensar: Não sei, Mas o fato é que mesmo com vontade de dizer: Já foi, cansei, não quero mais te encontrar Eu vou continuar dizendo: Não importa... Estou aqui Por isso deixo você ir, Para que, um dia, inteiro você possa retornar Verônica Vincenza

Poesia corrompida

Quiseram corromper a poesia O romance, a elegia Como se tudo que tivesse efeito Para ser bem feito, elaborado Tivesse ideologia Ah, meus caros... A poesia não precisa disso A poesia é para fazer pensar A poesia é para fazer amar Sentir, modificar... Um sutil quê de tudo isso E não fazer propaganda De uma maneira de pensar Ou fazer lobotomia  Como pura alegoria Assim como a poesia,  A alma é livre para escolher seus caminhos E não se corrompe facilmente Com uma doutrina ou um tema recorrente A alma é feita para expandir E como poesia, deixar-se fluir... Verônica Vincenza
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Tenho uma vez, possuo

Tenho cada vez mais O conhecimento para possuir E de ter em vão tantas coisas Tantas pessoas Penso eu que as possuo Ilusão apenas... Apenas possuo o tempo A minha vida Que por vezes tão mal vivida Penso que sou possuída Por um destino atroz Um desfecho em nós Da ilusão de ter, possuir E não mais viver E por que então viver? Qual é essa tal razão? Porque o ter e possuir Não faz conjugação Com conviver e por bem querer estar Em uma razão de ser amor E em um predicativo intransitivo e pronominal: FICAR Verônica Vincenza

Nevasca

Ela era fria E isso nunca foi novidade Ele fazia festa E ela ignorava por maldade Mas o fato é que a hora chegou Ela deu a chance Mas ele vacilou Neva, nevasca De fria virou gelo E de gelo o seu coração Para o frio peito retornou Verônica Vincenza

Pós-verdade

E depois... Que se exauriram os fatos As verdades se revelaram E não há mais nada a dizer... A ilusão se sobrepõe Até onde vai a crença Que está em você? Que mesmo com toda a verdade revelada Ainda crê em mentiras Contos de fadas, Ilusões, armadilhas E nada vê? Se não pela própria carência De um mundo de aparências E romântico por si só Que está somente em você Verônica Vincenza 

Easier?

It is so easy Listen to your love I'm injured And tell me How can I love? When I'm so scared To hurt me again That I can not hear my heart I listen to your calls I listen to you through my thoughts And i try to ignore them In a problem that I did not help To solve But I still listen to you And I try to pull my heart back In a storm That I am Lonely without you And I thought What would it be Easier But I was wrong. Verônica Vincenza

A vida imita o circo

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Ele é ácido

Ácido como vinagre Que já foi, antes, um vinho Ácido como limão Que não tem culpa da situação Ácido como tudo que limpa Dá gosto, força, purificação Mas com um toque de açúcar Tem quem queira... Tem quem, não. Verônica Vincenza P.S: O mundo seria monótono e sem graça, sem um toque de acidez...

Amar e cansar de amar

E quando estamos prontos para amar? Amar novamente Amar insistentemente E quando cansamos de amar? Cansamos repentinamente? Cansamos, apenas isso... E quando o cansaço se cansa de nós Voltamos... De onde paramos? Não importa Pois a esperança chama de volta, Pisca o olho e... já era... Estamos prontos para amar outra vez. Verônica Vincenza

Eu te desejo

Do desejo mais puro, Eu te desejo Desejo que você sonhe alto Voe... Desejo que você respire a brisa da manhã Que seja pleno Que lute por seus sonhos Que esteja em paz Eu te desejo Todo o amor deste vasto mundo E um amor correspondido Que faça o tempo deixar de ser tempo E que valha cada segundo Eu te desejo Que esteja bem, que faça o bem E viva plenamente... Que olhe sempre para frente Nem que seja com outro alguém Verônica Vincenza
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