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Mostrando postagens de novembro, 2018

O Pagamento da Cigana (crônica)

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  S ei que dinheiro é importante, mas tenho a absoluta certeza de que ele não deveria ser o centro das atenções de uma vida. Tenho conhecido muita gente ultimamente, gente demais para o meu gosto, não sou um ser muito social, muito menos sociável, como já havia dito, convenções sociais me desagradam e eu não confio em ninguém. Certo dia eu fui, acompanhando uma amiga, a uma consulta com uma cigana, sim, eu sou daquelas amigas que fazem essas coisas... E então, a cigana me chamou. Ai, meu Deus...estou sem um centavo na bolsa. Não moça, só vim acompanhar...eu disse. E ela disse, sem dar a mínima atenção para o que eu dissera antes: tem muita inveja sobre você, minha filha, muita... (Ok, sabemos disso, né?!)  E AQUELE lá, só fala com você porque pensa que "vosmicê tem bufunfa". Aí a coisa começou a apertar... Era uma consulta com respostas para mim... Porque até em tão, achei que fosse vigarisse, tipo ah, você tem muito olho gordo em cima de você, deixa eu fazer um trabalho.

A Mendiga (conto)

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Hoje resolvi contar uma história sobre afeto. Estou elaborando pensamentos há muito tempo, tempo que aos 40, já não devem ser estendidos ... O fato, e não a idade, é que quando se para e pensa no sentimento que une pessoas acabamos por criticar a nós mesmos, ou deveríamos.   Na minha infância fui criada para mendigar afeto, quando estava triste ou deprimida não era bem vista em família, tinha que estar feliz, a final eu tinha tudo: casa, comida e roupas para vestir. O quê mais eu poderia querer? Eu não era uma aluna muito boa na escola, era gordinha e brigona, então meus pais não tinham motivos para me dar muitos elogios, pensava eu. Se você quer um abraço, é só pedir, se quer ajuda, é só falar; mas você não me pediu nenhum beijo! me falavam com frequência.  Eu tinha uma relação muito boa com a minha avó, que não poupava esforços para me agradar. Ela me ensinou a ter independência e dignidade, com suavidade e respeito. Mas pelo exemplo que eu tinha em casa, acabei julgando o
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Me perder para te encontrar (poesia)

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Sim, eu sou perdida Gosto de ser assim Me perco em pensamentos, Me perco pensando em ti, Me encontro entre tuas fotos... Ah, esse seu sorriso lindo... Me perco novamente Entre desejos sufocados E o teu não, O meu não. Tristeza... Saio de cena,   Volto fortaleza  Com a certeza de ser quem sou Como estou na verdade? perdida. Me perco entre ruas, Nas estações de metrô, Entre olhares em uma rua em Paris, Entre encontros com meus iguais, Entre palavras gentis... Abraços apertados, Sutis apertos de mão Enrolando a língua no Inglês, só para agradar. Agradando, tentando me enganar Mas na verdade, Me perco mesmo Só para te encontrar.