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O TRISTE FIM DO MOSQUITO

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A Sapa engoliu mais um sapo E irritada, foi estudar em seu escritório Leu, sublinhou, entendeu Mas o sapo em seu estômago, ainda vivo Voltou... Ela, então, fez força e o engoliu de volta Escreveu... vomitou o sapo Achou que tinha se livrado do problema E pensou: Sapos no estômago não me fazem bem Mas aí veio um mosquito Rodeou, exibiu-se, levantou voo... Quis picar a quieta sapa Mas mudou de ideia Voou em círculos, deu cambalhotas no ar   Então a sapa observou o mosquito E pensou: Que audácia deste mosquito tão pequeno Picar sapos, provar veneno... Então a sapa fingiu que estava lendo E o mosquito pousou em seu nariz Que ingenuidade... que insensatez... A sapa deu um tapa no mosquito Que bateu em seu livro E em um giro, morreu de vez. Verônica Vincenza

Do livro Lagarta-borboleta: A vida em versos contada

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