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Mostrando postagens de 2018

Apego

Confesso que me apego fácil Mas não confesso assim, de cara Confesso aos poucos Em um quê de marra Que só quem me conhece, sabe. Com um sorriso irônico Me apego Confesso que gosto do seu jeito Ligeiro, desatento, meio desapegado Daquele que esquece as datas e os combinados Daquele que não deveria esquecer Um olhar Algumas palavras no papel ou nas telas Confesso que o meu apego dói Um apego contra a vontade Vontade de ter, sem se apegar Quase um tipo de fraqueza Algo mal visto hoje em dia. Uma lástima. Confesso que me apego Que me acostumo Que gosto Que sei que não deveria gostar Então, não confesso. Não falo nada. Só sinto... Sinto tanto... Sinto muito... A sua falta. Verônica Vincenza

Verdades sobre o amor

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Ah, quisera eu ter a inocência dos poetas, Depois de tantos anos vividos Quisera eu, dizer que o amor é eterno Ilusão, Não tenho o direito de iludir O amor é lindo? Sim, mas não é eterno. Amor nem sempre é recíproco E isso machuca as pessoas Amor nem sempre é fiel E isso deixa as pessoas inseguras Amor, quando não correspondido,  Desvalorizado, esquecido  Simplesmente passa... E nem sempre os dois podem corresponder Cada um tem a sua vida Os seus problemas Os seus deslizes, A sua dor Mas amor é um sentimento nobre Ele amolece até coração de pedra Derrete corações congelados Faz o tempo passar Suave... Faz a boca não parar de sorrir O coração apertar de saudade, Acelerar com um abraço, Vencer o cansaço Amor é morada, É porto seguro... É caminhar de mãos dadas, Mesmo no escuro ou em cima do muro... E se me perguntarem: Vale a pena amar? Eu digo que sim, cada segundo... Mesmo se o amor não durar Se a

Das coisas que eu aprendi contigo

Pergunte- me como foi o meu dia Como está o tempo Ou o quê servirei no café Mas não pergunte o que aprendi Nos anos que fui tua mulher Olhe bem quem fala, pois já peguei sua mala Sei que você não vai ouvir E dirá que estou confusa Mas mesmo assim eu vou insistir Dobrando a sua blusa Aprendi a não querer Deixar pra lá, Esquecer Aprendi a economizar Não contar com a sua ajuda, Me virar Aprendi a ser a última Comer tudo frio, Esperar Aprendi tantas lições E até pensei que a vida era assim Mas hoje resolvi levantar a cabeça E comecei a pensar em mim Pronto, tudo pronto... Leve aqui a sua mala Suas roupas, Seu ideal de mulher Não perca mais um minuto sequer Juro que não é TPM Pois disso eu não sofro só para você saber É bom senso com vergonha na cara E para ser mais clara, Para você entender Sem insistir Nem tente me iludir, Faça-me um favor: Feche a porta quando sair   Verônica Vincenza

O Pagamento da Cigana (crônica)

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  S ei que dinheiro é importante, mas tenho a absoluta certeza de que ele não deveria ser o centro das atenções de uma vida. Tenho conhecido muita gente ultimamente, gente demais para o meu gosto, não sou um ser muito social, muito menos sociável, como já havia dito, convenções sociais me desagradam e eu não confio em ninguém. Certo dia eu fui, acompanhando uma amiga, a uma consulta com uma cigana, sim, eu sou daquelas amigas que fazem essas coisas... E então, a cigana me chamou. Ai, meu Deus...estou sem um centavo na bolsa. Não moça, só vim acompanhar...eu disse. E ela disse, sem dar a mínima atenção para o que eu dissera antes: tem muita inveja sobre você, minha filha, muita... (Ok, sabemos disso, né?!)  E AQUELE lá, só fala com você porque pensa que "vosmicê tem bufunfa". Aí a coisa começou a apertar... Era uma consulta com respostas para mim... Porque até em tão, achei que fosse vigarisse, tipo ah, você tem muito olho gordo em cima de você, deixa eu fazer um trabalho.

A Mendiga (conto)

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Hoje resolvi contar uma história sobre afeto. Estou elaborando pensamentos há muito tempo, tempo que aos 40, já não devem ser estendidos ... O fato, e não a idade, é que quando se para e pensa no sentimento que une pessoas acabamos por criticar a nós mesmos, ou deveríamos.   Na minha infância fui criada para mendigar afeto, quando estava triste ou deprimida não era bem vista em família, tinha que estar feliz, a final eu tinha tudo: casa, comida e roupas para vestir. O quê mais eu poderia querer? Eu não era uma aluna muito boa na escola, era gordinha e brigona, então meus pais não tinham motivos para me dar muitos elogios, pensava eu. Se você quer um abraço, é só pedir, se quer ajuda, é só falar; mas você não me pediu nenhum beijo! me falavam com frequência.  Eu tinha uma relação muito boa com a minha avó, que não poupava esforços para me agradar. Ela me ensinou a ter independência e dignidade, com suavidade e respeito. Mas pelo exemplo que eu tinha em casa, acabei julgando o
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Me perder para te encontrar (poesia)

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Sim, eu sou perdida Gosto de ser assim Me perco em pensamentos, Me perco pensando em ti, Me encontro entre tuas fotos... Ah, esse seu sorriso lindo... Me perco novamente Entre desejos sufocados E o teu não, O meu não. Tristeza... Saio de cena,   Volto fortaleza  Com a certeza de ser quem sou Como estou na verdade? perdida. Me perco entre ruas, Nas estações de metrô, Entre olhares em uma rua em Paris, Entre encontros com meus iguais, Entre palavras gentis... Abraços apertados, Sutis apertos de mão Enrolando a língua no Inglês, só para agradar. Agradando, tentando me enganar Mas na verdade, Me perco mesmo Só para te encontrar.          

Soberba

Que Deus salve a minha alma Porque eu já nem sei como fazê-lo Desviei tantos caminhos, que eu me sinto só Perdido em versões de mim mesmo Hoje choro o meu orgulho ferido Que vendo para poder comer Esbravejo, bato na mesa Mas o que não vejo é a certeza De o que eu vejo, ser quem eu sou As certezas dos tolos, meus caros... Com quem tenho que trabalhar Humilhado. Blasfemo o caminho que me trouxe aqui Rebaixado. O respeito já saiu pela porta! Indignado. Quando os ideais foram vendidos? Desespero. Não abaixo a cabeça Não sou tão pouco assim Podem rir de mim Porque a loucura que me consome É viver e enxergar mais que os outros E o lado humano não corrompido Segue o seu caminho... Sem um troco no bolso Mas para longe dos seus desiguais. Verônica Vincenza P.S: Profundo momento de desespero de um amigo  

Gota de água

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Cada gota de água que você faz hoje É um oceano de vibrações, Efeito cascata em várias direções Ondas que mudam de lugar O destino é circular Indo e voltando Para nos fazer pensar Cada momento é válido Basta saber apreciar Você pode ficar imóvel Parado no mesmo lugar Mas não espere nada em troca Se você não tem nada para trocar Se você age, O universo reage sem parar Mas lembre-se:   Uma gota apenas  É a diferença entre  Um oceano seco ou um rio a transbordar Verônica Vincenza

Manhã tranquila

Para mais um dia: paciência e calma. Respiro fundo, nada de problemas ou listar as coisas que eu devo fazer, ok?! que nada... uma enxurrada de coisas começam a trabalhar na minha cabeça. Caramba hoje não é dia de judô dos meninos? Ah, os kimonos não estão limpos... tá, vai com o kimono sujo mesmo. E aquele querido que não me mandou o e-mail do projeto, ah... já estou querendo me estressar. Vou ficar calma. Respira, 1, 2, 3... tá, afinal é só mandar uma mensagem, sem stress: Bom dia, preciso do e-mail dos projetos. Simples, objetiva e prática (É a única coisa que o meu cérebro consegue pensar sem café e já é muito). Pronto, menos um problema. Faz café, arruma as crianças, hoje tinha reunião?! Caramba cadê a minha agenda???? Tá, eu anotei a pauta no celular. Ok, daqui a dez minutos eu saio. Vou tomar café, assim o cérebro deve pegar "no tranco".  Manheee, o Gosth pegou a minha torrada! Eu já não te disse para não dar torrada para o cachorro, meu filho? E nada de bola dentro d

Lealdade

Ah, nada como a boa e velha lealdade, quando se escolhe algo ou alguém pensando ser de verdade. Pois é, mas não estou falando só de companheiro, não, estou falando de acreditar em alguém, estou falando de repartir o mesmo sonho e lutar junto. Independente de estar junto fisicamente ou de coração, falo de acreditar no mesmo sonho, mesmo que seja uma viagem, uma empresa,  um objetivo a curto prazo ou um objetivo de vida. São pequenos e motivadores prazeres que ninguém tira de você. Aquela centelha de esperança na humanidade ou em nós mesmos de que somos capazes de mudar as situações com os nossos atos e que, por pior que esteja, é um pouquinho melhor porque você está ali e acompanhado, pensando em melhorar, gastando a sua energia para pensar em estratégias, o tempo, que as vezes você nem teria, dando o seu melhor. Mas com alguém do seu lado, te ajudando a levantar a cabeça, não desistir, te dando umas sacudidas de realidade, umas bofetadas de "se situa", acreditando em você.

Ironias do destino

Sabe aquelas pessoas que te passam rasteira e acham que você é boba? Pois é, andei topando com algumas dessas pessoas ultimamente...Eu? boba? Rs Nem a cara, meu bem...E depois de um tempo elas voltam, tentando te fazer de boba mais uma vez... Rs... Ironias do destino e o destino dá voltas... Muitas voltas...Mas o meu caderninho não se esquece dos devedores... Então uma nova cilada é aberta...E você observa a cara de pau... Rs...  Ironias do destino... E você diz que não é boba...cobra a dívida. Surpresas?! sempre ficam. Vítimas?! sempre são... Rs mas chega uma hora de dizer: Não. Sem preocupação com o que foi, com o que é, sem mágoa e sem rancor...Ah, e isso é tão libertador, nenhum dinheiro compra! E você volta para o tabuleiro, para o covil, afinal; o mundo não é cor-de-rosa e também não é totalmente preto. Mas dessa vez, as cobras tem respeito por você, você não é uma delas, e elas nem sabem bem quem você é, mas elas têm respeito por você.           

Discursos, Verdades e Silêncio

Tem gente que fala tanta besteira Que é até um despropósito com a língua Te xinga, tenta humilhar Depois nega, tentando (se) enganar Deixa a raiva falar Coisas sem nexo, Causas alheias com efeitos danosos: E não é nada pessoal Ficou de guampa torta e vai descontar em você Ou no primeiro que cruzar pela frente! Não importa. Ninguém importa. Só a raiva... Maldito livre arbítrio desumanizante Foda-se! o importante é o que é dito. Não interessa o estado emocional do ofensor O ofensor não é um desequilibrado coitadinho É uma pessoa maldosa e sem escrúpulos Sinto até uma inveja... Queria ser displicente assim com os outros Com a língua... Não me importar com o impacto de minhas palavras Das minhas ações Mas não, raiva de ser coerente De ter empatia Raiva de saber expressar os meus sentimentos... Raiva de ter feito terapia Em um mundo de loucos Falar feito gente... Aff... ser gentil Ter respeito pelo outro Maldito livre arbítrio humanizante Mas um sentimento

Das escolhas: o amor

O amor é sempre uma escolha A paixão, não. O amor é real, fica se você quiser A necessidade é ilusão Ela fica, escraviza, angustia O amor vem com o tempo Podemos congelar a contento Ou não...  Sentir carinho por alguém Não é amar Mas é um caminho Sentir orgulho de conhecer Não é amor Mas poderá ser Sentir admiração Claro que não! Mas abre o portão Ter vontade de ter por perto Não é amar Mas está no caminho certo, Pensar e lembrar sem parar Enganada evidência do amar Mas poderá deixar de estar Sufocar, sentir falta de ar Não é amor (isso é ASMA... procure um médico) Mas, não, não deixe durar E se por acaso: Rir feito bobo Uivar feito lobo Querer conhecer Beijar pra valer Anoitecer, Amanhecer... Insistir, Não querer partir Provar, gostar, pensar Lembrar sem parar Escolher ficar... Não desgrudar... Faltar o ar Faça um favor a si mesmo: Permita-se amar. Verônica Vincenza      

Sobre as inconstâncias do amor...

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Diálogos e Pipas

Os diálogos são como linhas de pipas Unindo as pessoas Você vai soltando A outra pessoa vai soltando Cada um a sua maneira Mostrando a sua pior ou melhor versão Pipas com cerol nas linhas Pipas com linha na mão Mas o fato É que depois de dialogarmos Conseguimos enxergar Claramente, como em um céu sem nuvens As boas e as más intenções Das entrelinhas enroladas Das palavras bem ou mal ditas E a interpretação Fica a cargo De toda a bagagem que carregamos Pipas soltas no ar Ou pipas enroladas no chão Mas o vento não para de soprar E para quem vê as duas pipas Há sempre uma conclusão Verônica Vincenza   

O que você diria?

Oi Verônica, estou precisando de uma ajuda para descrever uma cena para um próximo livro, você se importa de me ajudar? A cena é a seguinte: dois colegas com mais ou menos 40 anos se encontram eles são casados, com outras pessoas, e são amigos. Ambos estão em crise no casamento e ele sabe que não é o momento dele, mas resolve investir e falar com ela o seguinte: sei que não é o momento, mas eu queria a chance de te fazer feliz algum dia. O quê você diria?... - Oi? com quem eu estou falando? eu não tenho o seu número gravado no meu celular. (Caraca, se for uma cantada é a mais criativa que eu já recebi...). - Eu sou Edu, seu colega do grupo de escritores no Whatsapp. (Ah, tá explicado... ou, piorou ainda mais a situação...) - Tudo bom Edu? Então, se fosse eu, minha resposta seria sarcástica. Mas como são os seus personagens? Qual é a época que se passa a cena? onde eles estão? Ela é bobinha ou é uma mulher madura e esperta? - É poca atual, ela está a um bom tempo casada e

Fiz essa mandinga... agora vai.... rs

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Tá, mas agora... vai.... Não tá dando certo... sou péssima nisso... Ainda descubro um jeito de te tirar da minha cabeça...

Mandinga anti-amor

Pedi para a cigana Te mandar para bem longe Não quero amor, não quero cana Nem bandana, nem ser monge Quero você no raio que o parta E que saia da minha cabeça Não quero rosa, quero sal grosso E que você desapareça Tenho a minha vida para cuidar Comigo-ninguém-pode deve funcionar Você não é bem-vindo Deus me livre te ver sorrindo Pode quebrar o meu feitiço De te dar um sumiço Sal grosso e arruda E uma promessa para acompanhar Que você vá e não volte E que em você eu pare de pensar. Verônica Vincenza

Até você

A vida é corrida Sobe e desce de montanha russa Vem pra cá, vai pra lá Ouço tudo Mas nada a declarar Escrevo mais tarde E tenha certeza que eu vou zoar Mas quando tenho um tempo Vou até você Penso calmamente em ti E em tudo que quero te dizer Sei que não falarei nada disso Não preciso desse compromisso Será dito o que o momento oferecer Fico pensando em momentos Penso que estou ficando louca... desisto...insisto E a assombração da eterna dúvida de mim para ti: Será que eu também estou aí? Verônica Vincenza  

Salto Alto

Nos falamos como se estivéssemos de salto alto Somos Pernas- de- pau Como se o orgulho falasse Em péssimas palavras Tentando esconder Ou para não deixar tão transparente  Para não dar o braço a torcer Um jeito inconsequente De nos fazer sofrer Tensão... Pressão... Angústia... Medo do seu não querer E me sobe uma raiva Misturado com não sei o quê E eu brigo do nada Depois fico calada Sozinha e mal amada Mas pensando em beijar você Verônica Vincenza

O livro e o menino

Para quê você quer um livro menino? Isso é para quem não tem nada para fazer! O que você vê neste livro menino? Para mim é só vontade de se esconder! E em livros e livros de descobertas Descobri por páginas entreabertas Um EU que só eu podia ver Sem esvanecer Em um mundo auspicioso De aventuras e fantasias Tudo muito curioso Me deixei envolver... Páginas me tornaram o homem que me tornei Sem ao menos perceber. Verônica Vincenza

A melhor turma de todos os tempos

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Hoje, revirando fotos antigas eu lembrei de nós, aquela turma maravilhosa, a melhor turma de todos os tempos. Para entrar, somente maiores de 30 anos. Uma das mais jovens era eu, 28 anos, exceção concedida pelo General Barros Moreira. A mais jovem sem dúvida era a Joaninha. Entre Desembargadores, Juízes, Generais, Coronéis, Engenheiros, Advogados, Empresários... Na época ninguém da minha família entendeu; fui fazer o curso de Altos Estudos em Política e Estratégia de Governo, de 1 ano, vendi a empresa e fui morar no Rio de Janeiro. Era época de fazer relatórios sigilosos, de interesse de Estado, de falar sobre Política, Políticas Nacionais, Economia, questões estratégicas, Planejamentos Estratégicos, época de conhecer gente importante, de falar com pessoas realmente importantes: Chefes de Estados, líderes de movimentos, Astronauta, ABIM, Polícia Federal...Enfim, pessoas estratégicas que eram GENTE acima de tudo. Época de correr o mundo, conhecer o Brasil, comer comida diferente, come

A Música do Coração (crônica)

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Hoje, parei para ouvir música Clássica, momento raro que eu me dou o luxo. Estava ouvindo Chopin e uma lembrança veio, muito nítida, do conservatório onde estudei piano. Foram poucos anos. Era a minha paixão, tocar piano, estudar a linguagem musical... Paixão essa que eu dividia pensando em um menino do segundo ano: Mateus o nome dele. Todas as tardes, depois de ver o treino dos meninos no futebol, ou melhor, de ver o Mateus treinando, eu descia a Riachuelo  e subia a lomba da Duque de Caxias. O conservatório era no meio da rua. Uma portinha estreita estilo português, sempre aberta. Uma escada de madeira escura me levava ao segundo andar onde havia uma porta de ferro preta. Nesta subida, eu sempre ouvia a música que o aluno do horário anterior tocava com agilidade e perfeição, geralmente Chopin. Ele tocava uma ou duas músicas e eu ficava lá...só ouvindo... pensando nas notas e nas partituras. O som ecoava por todo o lugar, era um momento muito especial. Às vezes dava para  até   te

O TRISTE FIM DO MOSQUITO

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A Sapa engoliu mais um sapo E irritada, foi estudar em seu escritório Leu, sublinhou, entendeu Mas o sapo em seu estômago, ainda vivo Voltou... Ela, então, fez força e o engoliu de volta Escreveu... vomitou o sapo Achou que tinha se livrado do problema E pensou: Sapos no estômago não me fazem bem Mas aí veio um mosquito Rodeou, exibiu-se, levantou voo... Quis picar a quieta sapa Mas mudou de ideia Voou em círculos, deu cambalhotas no ar   Então a sapa observou o mosquito E pensou: Que audácia deste mosquito tão pequeno Picar sapos, provar veneno... Então a sapa fingiu que estava lendo E o mosquito pousou em seu nariz Que ingenuidade... que insensatez... A sapa deu um tapa no mosquito Que bateu em seu livro E em um giro, morreu de vez. Verônica Vincenza

Do livro Lagarta-borboleta: A vida em versos contada

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