Apego

Confesso que me apego fácil
Mas não confesso assim, de cara
Confesso aos poucos
Em um quê de marra
Que só quem me conhece, sabe.

Com um sorriso irônico
Me apego

Confesso que gosto do seu jeito
Ligeiro, desatento, meio desapegado
Daquele que esquece as datas e os combinados
Daquele que não deveria esquecer

Um olhar
Algumas palavras no papel ou nas telas

Confesso que o meu apego dói
Um apego contra a vontade
Vontade de ter, sem se apegar
Quase um tipo de fraqueza

Algo mal visto hoje em dia.
Uma lástima.

Confesso que me apego
Que me acostumo
Que gosto
Que sei que não deveria gostar

Então, não confesso.
Não falo nada.

Só sinto...
Sinto tanto...
Sinto muito...
A sua falta.

Verônica Vincenza

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Azuis

Litteraria Academiae Lima Barreto 1º Colegiado de Escritores Brasileiros

Escritora Verônica Vincenza Participa de Feira Literária para escolas públicas no DF

Fórum Mundial de Educação Literatura e Inclusão Social