Cara de palhaço
Todo enrolado
Como em um laço
De mãos em pena,
Pura prosa, às vezes poema
Mas parece um palhaço
Nariz vermelho, cara pintada
E jeito de quem levou uma cantada
Troca as palavras e já não as consegue controlar
Tenta ser discreto
Mas não consegue disfarçar
Fica inquieto,
Um tanto mal-educado
Você está enrascado
Isso não se pode negar
Faz de tudo, tenta sair de fininho
Mas na realidade está caidinho
Conversa mole e palpites sobre tudo,
E às vezes fica mudo
Olha para o lado, tenta parar de olhar
A moça que acaba de chegar
Pois é, meu amigo
Do destino eu sempre duvido
Pois a vida tem dessas coisas
E está a nos ensinar:
Um dia você duvida do amor
No outro está pronto para amar
Verônica Vincenza
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