Eu, você e o destino


Nascemos ao luar
Numa noite de primavera
Acelerador na estrada

Que aqueçam os corações partidos
Foi o que todos disseram
você ouviu isso?
Nem eu.

Ainda tínhamos muito a viver

Nascemos entre uma conversa descontraída
Rizadas altas
E uma promessa de dias melhores
Você que disse isso?
Eu não ouvi.

Fomos vivendo como se o amanhã fosse nosso
Eu, apressada como sempre,
Incrédula
Você, tranquilo,
Cheio de fé

Nos últimos dias eu sabia que o fim se aproximava
Te cuida!
Fui eu que disse isso?
Você não ouviu

Era com se o amanhã não fosse para ser nosso
Destino no acelerador, na estrada, na contramão 

Você se foi.
E eu... fiquei.
Um beijo, um sorriso, um adeus

Destino é arte de confundir os confusos
Aqueles que não escutam
O próprio coração
  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Litteraria Academiae Lima Barreto 1º Colegiado de Escritores Brasileiros

Azuis

Escritora Verônica Vincenza Participa de Feira Literária para escolas públicas no DF

O Pagamento da Cigana (crônica)

Alzira